O PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO NAS AMÉRICAS


Observe com atenção o mapa a seguir para responder a questão proposta:

 

Figura 1: Mapa da Guerra dos Sete Anos. Fonte: Adaptado de: http://missasmith.wikispaces.com/French+and+Indian+War .Acesso em: dez/2015.

 

Nas últimas décadas do século XVIII, em plena Revolução Industrial, a Inglaterra projetou-se como potência mundial. Sua hegemonia foi consolidada com a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) contra a França e seus aliados. Esse conflito acirrou as disputas pelos domínios coloniais na América do Norte, dentre as quais se destacou:


A vitória dos colonos que eliminou o perigo francês e reaproximou as colônias da metrópole inglesa, que manteve suas tropas para assegurar a posse dos territórios.


A anexação pela Inglaterra dos territórios do Canadá e da Flórida às suas possessões americanas, ampliando seus domínios coloniais.


A cessão dos territórios franceses do Canadá e das Antilhas aos ingleses, apesar da França ter saído vitoriosa nas disputas dos territórios coloniais.


A ampliação dos territórios de domínios indígenas, que após se aliarem aos franceses derrotaram os exércitos coloniais ingleses.


A consolidação do poder britânico sobre a América do Norte com a vitória sobre os franceses e pela ampliação da fronteira oeste com a conquista do México após a guerra.

Apesar de ritmos diferentes e da falta de unidade dos movimentos que conduziram à independência das colônias espanholas, alguns aspectos comuns podem ser identificados, tais como:

 

I - A maioria dos movimentos ocorreram ao longo das primeiras três primeiras décadas do século XIX, mais precisamente entre 1808-1825.

II - A ocupação da Espanha pelas tropas inglesas, após a derrota da Invencível Armada na Guerra dos Cem Anos, constituiu o estopim do processo de emancipação vivenciado nas colônias.

III - Os libertadores, como ficaram conhecidos os líderes dos movimentos de independência, pertenciam à elite criolla e desejavam se libertar do controle da Espanha devido a interesses econômicos e políticos.

IV - As elites coloniais que lideraram a emancipação, procuraram beneficiar as massas populares, tendo em vista a grande participação de indígenas e negros nas guerras de independência.

 

É correto apenas o que se afirma em:


I e III 


II e IV 


II, III e IV 


I, II e III 


I, III e IV 

Leia com atenção:

 

Quando a Inglaterra começou sua política mercantilista, os colonos americanos passaram, de forma crescente, a protestar contra esses fatos. (...) Na verdade, as 13 colônias não se uniram por um sentimento nacional, mas por um sentimento antibritânico. Era o crescente ódio à Inglaterra, não o amor aos Estados Unidos (que nem existia ainda) que tornava forte o movimento pela independência. (KARNAL, Leandro. Estados Unidos: a formação da nação, p.81)

 

Com relação ao processo que levou à independência das 13 colônias inglesas, em 1776, podemos afirmar que:


acirrou as divergências entre as colônias do norte, que não desejavam a independência, e as colônias do sul, que lutavam a favor da liberdade.


permitiu a unificação territorial e fortaleceu o nacionalismo norte-americano que existia entre os colonos.


resultou de um longo processo impulsionado pelo luta indígena contra sua escravidão.


permitiu a união das colônias para defender interesses comuns contra a Inglaterra, apesar da ideia de emancipação ainda não ser um consenso entre todos.


foi uma Revolução política e, sobretudo, social, pois marcou a libertação dos escravos negros.

Leia o fragmento a seguir:

 

[...] A independência e a construção do novo regime republicano foi um projeto levado adiante pelas elites das colônias. Escravos, mulheres e pobres não são os líderes desse movimento. A independência norte-americana (EUA) é um fenômeno branco, predominantemente masculino e latifundiário ou comerciante. [...] (KARNAL, L. Estados Unidos: da colônia à independência. São Paulo: contexto, 1990, p. 67).

 

Tendo como referência o fragmento e as leituras realizadas sobre o processo de independência que deu origem aos Estados Unidos, podemos afirmar que uma das principais consequências desse processo foi:


A libertação dos escravos e a expansão territorial - crescimento que só seria possível cortando os laços com a metrópole.


A abolição das diferenças entre os habitantes dos novos estados, instituindo uma democracia social por meio de uma Constituição Liberal. 


A criação de uma nova Constituição que estabelecia uma igualdade social jurídica e concedia o direito de voto a escravos e mulheres.


A criação de um projeto comum entre os estados do norte e do sul, que estabeleceram acordos diplomáticos para a abolição gradativa da escravidão.


A limitação de direitos e liberdades aos setores populares, principalmente escravos e índios, o que demonstrava as contradições do projeto liberal defendido pelos revolucionários.

Sobre as tendências políticas que dividiam os interesses dos líderes latino-americanos pós-independência, associe corretamente a tendência (primeira coluna) com sua proposta para a constituição dos novos Estados (segunda coluna):


( 1 ) Liberais

( 2 ) Conservadores

( 3 ) Unitaristas

( 4 ) Federalistas


(    ) Apoiavam fortemente as instituições coloniais, como a Igreja e Exército, defendiam a preservação do poder e dos privilégios hierárquicos.

(    ) Propunham a fragmentação do poder sob um sistema descentralizado, transferindo a autoridade política às áreas locais

(    ) Desejavam construir um governo nacional forte, baseado na centralização do poder na figura de um líder.

(    ) Propunham a laicização da sociedade e do Estado, defendiam a liberdade econômica e política e a ruptura com os vínculos socioeconômicos e culturais da época colonial.


A sequência correta é:


(1) (2) (3) (4)


(2) (3) (4) (1)


(2) (4) (3) (1)


(2) (3) (1) (4)


(4) (3) (2) (1)

Enquanto as treze colônias transformavam-se em estados e se ajustavam às condições da independência, novas colônias desenvolviam-se na vasta extensão territorial que se desdobrava para o oeste, partindo das colônias da orla marítima.

A incorporação de novas áreas, entre 1820 e 1850, que deu aos Estados Unidos sua atual conformação territorial, estendendo-se do Atlântico ao Pacífico, deveu-se fundamentalmente:


aos acordos com as lideranças indígenas, Sioux e Apache, tradicionalmente aliadas aos brancos.


à compra de territórios da Inglaterra e Rússia que assumiram uma posição pragmática diante do avanço norte-americano para o oeste.


a um avanço natural para o oeste, tendo em vista a chegada de um imenso contingente de imigrantes europeu.


à vitória na guerra contra o México que, derrotado, foi obrigado a ceder quase a metade de seu território.


à compra de territórios da França e da Espanha que estavam, naquele período, atravessando graves crises econômicas na Europa.

Entre os anos de 1861 a 1865 os Estado Unidos viveram uma violenta guerra interna conhecida como Guerra Civil Americana ou Guerra de Secessão. Esse conflito teve entre suas causas:


O apoio dos nortistas à economia escravista nos novos Estados anexados à União.


A forte resistência à integração do negro na sociedade latifundiária nortista.


A derrota de Abraham Lincoln nas eleições presidenciais de 1860.


As rivalidades econômicas entre o Norte industrializado e defensor do protecionismo e o Sul agrário e escravocrata.


O predomínio da bancada sulista no Congresso, garantido pela vitória do Sul nas eleições de 1860.

A Guerra Civil norte-americana teve fim em 1865 e, com ela, a escravidão em todo o país, influenciada pelo então presidente Abraham Lincoln. A partir daí teve início um longo período de racismo e segregação dos negros no país que persiste, em certa medida, até os dias atuais.

Com base em suas leituras, analise as afirmativas a seguir, sobre o contexto que permitiu a abolição da escravidão nos EUA no século XIX e sua influência com a situação do negro na sociedade americana da época:


I - O trabalho escravo era amplamente utilizado pelos estados do Norte, com uma economia fundada nos latifúndios e na exportação. Por este motivo defendiam a manutenção do sistema escravista. 

II - Os Estados do Sul tinham uma economia fundada na mão-de-obra livre e assalariada e no mercado interno, não dependiam do trabalho escravo. Por isso defendiam a abolição.

III - O legado da Guerra Civil acabou sendo a transmissão para o negro de uma condição ambígua: a de não ser nem escravo nem cidadão. 

IV - Os negros norte-americanos passaram a viver como um cidadão de segunda classe numa sociedade que, desde o século XVIII, tinha se manifestado a favor da proposta de que “todos os homens eram criados iguais”.


É correto apenas o que se afirma em:

 


I e IV


III e IV


I, II e III


I, II, III e IV


I, III e IV

A independência da América Espanhola pode ser compreendida como o resultado da ação de fatores externos e internos. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que aponta corretamente um fator interno que contribuiu para o processo de emancipação das colônias espanholas:


A deposição do rei espanhol Fernando VII após a invasão da Península Ibérica por Napoleão Bonaparte.


O fim do comércio triangular promovido entre Espanha, as colônias hispânicas e os Estados Unidos.


A desagregação do sistema colonial espanhol, a partir das ações políticas e militares francesas.


A independência dos Estados Unidos e a influência do documento da declaração de independência daquele país.


A organização de juntas governamentais a partir dos cabildos, influenciada pela expansão do ideário liberal e das ideias iluministas.

O processo de independência na América Latina deve ser compreendido no contexto da conjuntura internacional, marcada pelo ideário liberal iluminista, a expansão industrial inglesa, além das crises inerentes ao sistema colonial. Nesse sentido, podemos afirmar que um dos fatores externos que contribuiu para a eclosão dos movimentos de independência foi:


A ação política da população mestiça, que liderava os movimentos emancipacionistas.


A manutenção do Pacto Colonial, política fundamental para a prática do livre comércio.


A ausência de uma reforma administrativa de caráter mercantilista com a transferência da Corte espanhola para o México.


A transferência do poder político dos criollos para os chapetones, eliminando os vínculos que uniam as colônias espanholas da América à metrópole.


A desarticulação do poder monárquico na Espanha em virtude das guerras napoleônicas.

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